Em razão de sua proximidade com a
capital sergipana, o município tornou-se verdadeira cidade-dormitório quando da expansão urbana de Aracaju nos anos 1980 e 1990, possuindo diversos conjuntos habitacionais; entre os maiores: Marcos Freire I, II e III, João Alves Filho, Piabeta, Fernando Collor, Conjunto Jardim, Parque dos Faróis e Taiçoca.
No século XXI a cidade passou a ter um espetacular crescimento econômico, especialmente no setor industrial e serviços, superando receitas de municípios do interior sergipano tradicionalmente fortes economicamente como Estância, Lagarto e Itabaiana.
A histografia sergipana nos mostra que o território de Sergipe era habitado por diversas tribos indígenas. Mott (1986: 18 e 19) registra a presença de brancos, pardos, negros e índios na etnia sergipana, no século XVIII. Ressalta-se que cada um desses grupos tem suas peculiaridades culturais e contribuíram para a formação histórica da população dos diversos municípios sergipanos.
Segundo indicações de GÓIS (1991: 19), o espaço geográfico em que hoje se situam alguns municípios que faziam parte da microrregião da Cotinguiba, no século XVI era habitado por índios da tribo tupinambá.
Provavelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido por volta do mesmo século, período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de Sergipe Del Rey, fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da colonização sobre a capitania de Sergipe em 1575 (OLIVA: 1991:128).
Por outro lado, registra-se que, no ano de 1829, época em que Nossa Senhora do Socorro já era freguesia, ainda havia aldeias indígenas nessas mesmas localidades (MOTT. 1986:18 e 19). Pela falta de fontes não foi possível identificá-las.
O espaço geográfico que hoje compreende a cidade de Nossa Senhora do Socorro, desde os primórdios de sua povoação, passou por mudanças de caráter religioso e jurídico similares às diversas cidades brasileiras. Neste sentido, a elevação do referido município às categorias de freguesia, vila e cidade, obedeceram a interesses jurídicos e de ordem religiosa.
No século XVIII, a cidade formava um núcleo demográfico de aproximadamente três mil habitantes, tendo por atividade econômica a plantação de mandioca e cana-de-açúcar.
Esse núcleo foi elevado à categoria de freguesia em 25 de setembro de 1718, por decisão do Arcebispo da Bahia Dom Sebastião Monteiro da Vide, passando a ser denominada Nossa Senhora do Socorro do Tomar da Cotinguiba, pertencendo nesse período à vila de Santo Amaro das Brotas.
A probabilidade de um crescimento demográfico da freguesia e a falta de uma capela impossibilitava o pároco de realizar um atendimento regular e eficiente aos fieis, impedindo-o de exercer suas atividades eclesiásticas na freguesia de origem, obrigando-o a se deslocar para outras localidades.
Com a criação da vila de Laranjeiras em 1832, o território da freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba, passou a fazer parte da nova vila. Este fato levou os socorrenses a protestarem e a lutar por sua autonomia político-administrativa.
Consequentemente esta autonomia daria à freguesia sua elevação à categoria de Vila.
A condição de Vila foi alcançada em 19 de fevereiro de 1835, período marcado pela sua emancipação política e o consequente desligamento da Vila de Laranjeiras.
Na atualidade o município está inserido na microrregião homogênea Aracaju, com uma extensão de 156 Km2, ocupando 0,7% da área estadual e 7,4% da região da grande Aracaju, limitando-se com Laranjeiras, São Cristóvão, Santo Amaro das Brotas e Aracaju.
No Início do século XVIII, a freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba tinha como monumento religioso uma capela cujo nome era o mesmo da vila. Porém só em 1864, a capela tornou-se Matriz.
Frisa-se, no entanto, que mesmo conquistando sua emancipação política, foi após a edificação da Matriz que Socorro conseguiu sua autonomia religiosa, ficando reconhecida como freguesia pelo estatuto religioso e como vila pelo estatuto político-administrativo.
A igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro não dispõe de documentação sobre a sua construção. Na soleira da sacristia, à direita, há uma inscrição com a data de 1714. E, segundo Germain Bazin, é um exemplar tardio do estilo barroco.
Na parte litorânea predominam coqueiros, vegetação rasteira e matas de restinga. Destaque para os manguezais que margeiam os rios do Sal, Cotinguiba e Sergipe). Solo: Podzólico vermelho amarelo
O município é banhado pelos rios do Sal, Cotinguiba e Sergipe.
Tropical quente e úmido, com um a três meses secos, além de moderado excesso de inverno caracterizado por um período de chuva entre os meses de março a agosto. A precipitação anual média é de 1.689,0 e temperatura de 25,2oC
A partir de 1980, o município passou por grandes transformações urbanísticas. A sede da cidade não sofreu grandes alterações, entretanto, os povoados foram alvo de empreendimentos imobiliários que provocaram mudanças em áreas antes ocupadas por mangues e pouco povoadas. Essas mudanças foram consequência do projeto Grande Aracaju que objetiva fortalecer a economia do Estado, associando a atividade industrial à habitação. A partir da instalação dos conjuntos começaram a surgir problemas que o município tem dificuldades para resolver, pois não existe nesta estrutura, recursos técnico e financeiro para combater dificuldades administrativas associadas ao desemprego, a violência e à marginalidade.
- Taxa de urbanização (em 2000): 99,70%
- Densidade Demográfica (em 2000): 837,65 hab/km 2
O município foi criado pela Lei Provincial n. 792 de 14 de março de 1868 e Lei Estadual n.554 de 6 de fevereiro de 1954.
A sede possui uma população pequena, porém, a grande aglomeração urbana é encontrada na região do Complexo Taiçoca(conjuntos João Alves Filho, Fernando Collor, Taiçoca de Dentro e de Fora, Piabeta, Albano Franco, Marcos Freire I,II e III e Venúzia Franco), além dos conjuntos Jardim e Parque dos Faróis(a chamada Grande Socorro).
- Taiçoca de Dentro
- Taiçoca de Fora
- São Braz
- Piabeta
- Albano Franco
- Marcos Freire I
- Marcos Freire II
- Marcos Freire III
- Fernando Collor
- João Alves
- Conjunto Jardim I
- Conjunto Jardim II
- Conjunto Jardim III
- Parque dos Faróis
- Guajará
- Quissamã
- Santa Cecília
- Tabocas
- Estiva
- Oiteiros
- Lavandeira
- Calumbi
- Sobrado
- Pai André
- Bita
- Palestina de Dentro
- Palestina de Fora
Principais produtos agrícolas são banana, Coco-da-baía, Manga, batata doce, cana-de-açúcar, mandioca e feijão. A pescaria é diversificada tanto nas águas dos rios como no mar, com destaque para carimãs, pescados, xeréus, bagres, robalos, traíras, arraias, carapebas e milongos. Atualmente a produção de camarão em viveiro tem se destacado. Na pecuária se destacam os rebanhos de Bovinos, Suínos, Equinos, Ovinos e galináceos.
A principal riqueza mineral é o sal-gema, considerado pelo seu teor de pureza, o único do Brasil. Nossa Senhora do Socorro é também grande produtor de calcário, argila, sal de potássio, magnésio e areia.
No Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro, localizado no Conjunto João Alves Filho, estão concentradas indústrias de alimentos, malharias, artefatos de cimento, renovadoras de pneus, fábricas de velas, de leite de coco, gesso, lavanderias cerâmicas esmaltadas, estofamentos, cosméticos, peças automotivas, vidreira e mineração. Em 2004 as empresas locais criaram a ASSEDIS (Associação das Empresas do Distrito Industrial de Socorro) com os objetivos de organizar as ações de melhoria da infraestrutura e manutenção do distrito. Devido aos incentivos fiscais, a indústria tem crescido muito nos últimos anos. Atualmente (2017) emprega cerca de 7.200 trabalhadores diretos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE divulgou no final de 2004, estatísticas do cadastro central de empresas relativas ao ano de 2009. O município de Socorro foi o que mais atraiu empresas entre 1987 e 2002. Subiu de 566 unidades em 1997 para 1.824 até dezembro de 2002. O crescimento percentual foi de 81,9%, bem acima das variações estadual, regional e nacional, que apresentaram crescimento de 36%, 50,5% e 41,7% respectivamente.
Em matéria vinculada no dia 27 de setembro de 2010, o desenvolvimento de Nossa Senhora do Socorro foi destaque entre as cidades acompanhadas em todo o Brasil pelo quadro "JN no Ar". Em visita à cidade, o repórter Ernesto Paglia abordou os grandes desafios a que se espera para o crescimento do município. Além disso, deu-se destaque ao empreendedorismo que toma conta da cidade-dormitório, exemplificado pela construção com posterior duplicação do
Shopping Prêmio, esse localizado no conjunto habitacional Marcos Freire I e um dos mais novos empreendimentos do Estado. Tal fato chama a atenção pois a ampliação foi decidida antes mesmo do término do empreendimento visto que suas unidades foram vendidas tão rapidamente que, ocasionado pela grande demanda e crescimento do mercado local, seu dono decidiu duplicar o referido Shopping.
Já no ano de 2017, no final do segundo semestre, iniciou a inauguração de outro grande
centro comercial no município - o Mini
Shopping São Braz. Localizado no conjunto habitacional Marcos Freire II, o empreendimento possui 41
lojas (sendo que uma delas é uma âncora de 600 metros quadrados que deve ser ocupada por uma rede de supermercados), praça de alimentação, estacionamento e tudo para a comodidade da clientela.
1. Estabelecimentos Bancários: 07 (duas agências do Banco do Brasil, uma do Itaú, uma do Bradesco, uma Caixa Econômica Federal, uma do Banco do Nordeste e uma do Banese )
2. Unidades de Saúde: 25
3. Centros de Especialidades: 04
4. Caps: 02
5. Equipes do PSF:60
6. Equipes de odontólogos: 45
7. Hospital: 02
8. Escolas municipais: 36 escolas, 3 creches e um Jardim de infância.
Muitas rádios AM de Aracaju, como a Jornal, Cultura, Aperipê e Liberdade têm torres e sistema difusor instalados neste município.
Independente desses problemas, por causa de suas raízes históricas, a população de Nossa Senhora do Socorro possui um grande desenvolvimento cultural.Existem ainda as manifestações folclóricas representadas pelos grupos de capoeira, quadrilhas juninas além do Samba de Coco e do Reisado dos Idosos. Os festejos carnavalescos por sua vez acontecem na prainha do Porto Grande(sede)
A cultura afro-descendente é muito importante para o nosso povo. O grupo Consciência Negra promoveu em 2003, pela primeira vez, o 1º Encontro Cultural de Afro-Descendentes, na sede do município. O evento já aconteceu por duas vezes e contou com debates, mesa-redonda, palestras e apresentações folclóricas e culturais. O encontro contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. No mês de junho tem incio o Forró Siri evento que reúne artistas de Sergipe e Nacionais.Tem como Ditado Popular "Se São Antônio é aracajuano,se São Pedro é Capelense ,São João é Socorrense".
Prainha do Porto Grande - No início era um sítio tomado por mato. Somente os pescadores tinham acesso ao local para ancorar os barcos. Nem mesmo o banho era permitido. Mesmo assim, a beleza do Rio Cotinguiba passou a despertar o interesse da população em geral. Em 1984, um morador da cidade chamado Marcos Teles, já falecido, roçou o mato e fez uma trilha que dava acesso à margem do rio, construindo em seguida, um quiosque. Mas foi em 1992, por intervenção do prefeito da época, José Franco, que o Ibama e a Deso liberaram o acesso do público. Então ele construiu a orla do Porto Grande, com oito bares, que foram dotados de toda estrutura necessária. Todos os quiosques foram doados pela Prefeitura Municipal. Há um detalhe interessante nos bares que trazem nomes de peixes e mariscos. Aos poucos, não apenas o povo socorrense, mas turistas já estavam freqüentando a prainha que hoje é um pontos de atração turística do município. É lá onde também acontecem os festejos carnavalescos
Igreja de Nossa Senhora do Amparo
Referências